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sábado, 25 de março de 2017

O Pequeno Príncipe: relação entre pensar como “pessoas grandes” e autoridade

Unknown

O Pequeno Príncipe, livro francês escrito por Antoine de Saint-Exupéry e publicado em 1943, conta a história das lembranças de um piloto de avião acerca do Pequeno Príncipe, menino que ele conheceu no deserto do Saara devido à necessidade de um pouso de emergência.

O narrador personagem desenhava quando era criança e o seu primeiro desenho representava uma “jiboia digerindo um elefante”, contudo, as “pessoas grandes” conseguiam distinguir apenas um simples chapéu, que é a interpretação mais comum. Desde o início do livro, este termo é usado para designar os adultos que seguem os padrões da rotina e não exercitam a criatividade.

Em vários momentos o piloto tem consciência de que por mais que ele critique a visão dos adultos em relação à vida, ele faz parte desse grupo; a chegada do Pequeno Príncipe faz com que ele resgate desejos de infância e é por isso que é extremamente doloroso quando o principezinho se refere a ele como “uma pessoa grande”, que não se interessa pelo questionamento sobre “qual é o motivo das rosas terem espinhos?” ou qualquer outro que tenha alguma relação com assuntos abstratos, como natureza ou amor.

Na página 27, há um trecho que demonstra uma crítica em relação às pessoas grandes:

Conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão contas.

A ideia de contas supõe individualidade, controle e autonomia – ainda que a autonomia nunca seja plena – e em um episódio que aconteceu com O Pequeno Príncipe, quando ele se despediu do seu asteroide e foi conhecer outros, pode-se supor por qual motivo os adultos agem assim.

Ele conheceu um rei no asteroide 325 e frequentemente esse rei lhe dava ordens sobre o que fazer/não fazer e em um momento, esse rei enuncia “a autoridade se baseia na razão” e é por esse motivo que as “pessoas grandes” preferem enxergar chapéus ao invés de jiboias e de fazer contas ao invés de observar uma estrela. Acredita-se que o que faz alguém ser respeitado é se o que essa pessoa diz é certo e se isso pode ser provado. Admitir que existem coisas que são sentimentais, sensoriais ou poéticas, não faz ninguém menos competente e eficiente.

Unknown / Perfil

Associação civil sem fins lucrativos formada por alunos do Instituto de Estudos da Linguagem, a Odisseia foi idealizada com o objetivo de preparar seus integrantes para o mercado de trabalho. Seus serviços oferecidos incluem coaching, revisão e análise crítica/parecer crítico; tópicos que estão, de certa forma, inseridos na criação dos cursos de Estudos Literários, Letras e Linguística. Além de oferecer esses serviços, a empresa busca estabelecer um vínculo maior entre os estudantes do Instituto de Estudos de Linguagem da UNICAMP (IEL) e o mercado editorial.

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